Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Ter uma carreira estável dentro de uma empresa privada ou no serviço público não é mais o sonho de muitos brasileiros, como em anos atrás. Uma pesquisa realizada pelo Sebrae, no ano passado, mostrou que participação de pessoas entre 18 e 34 anos no total de empreendimentos em fase inicial cresceu de 50% em 2016 para 57% em 2017. Ou seja, são 15,7 milhões de jovens que estão querendo abrir o seu próprio negócio, ou já possuem uma empresa em estágio inicial. Em números totais, quase 50 milhões de brasileiros estão começando na vida empresarial.
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Embora o número de empresas abertas no país não pare de crescer, o montante de empresas que fecham as portas cresce de forma proporcional. Segundo um levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, no ano passado, o saldo entre aberturas e fechamentos de empresa ficou negativo em 19,3 mil unidades. A falta de conhecimento, de planejamento, e o despreparo dos donos dessas empresas são alguns dos motivos para o fracasso nas primeiras investidas no mundo empresarial.
Pensando em ajudar empreendedores a se consolidarem no mercado, no ano de 2008, alunos do Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) criaram a Itep Consultoria. Com 29 colaboradores - todos estudantes da UFSM - a Itep oferece serviços como gestão estratégica, gestão econômica financeira e gestão de produção. Desde sua fundação, a empresa já contabiliza 50 empresas assessoradas.
Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Para cada cliente, é formado um grupo específico de trabalho orientado por um professor especialista no assunto.
- O diferencial da Itep, como empresa júnior, é que nós trabalhamos na prática. Nós conhecemos a gestão dos nossos clientes, entendemos como elas trabalham. A partir dos resultados que obtemos, conseguimos potencializar e aumentar os seus resultados com medidas efetivas no dia a dia da empresa - afirma Marcelo Meirelles, presidente da Itep e aluno de Engenharia Química da UFSM.
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A Itep Consultoria é uma das 15 empresas juniores na Universidade Federal de Santa Maria. Como diferencial, na empresa júnior, os colaboradores não recebem nenhuma remuneração. Todo o lucro obtido com os clientes assessorados é colocado em um caixa único. Com esse dinheiro, para o crescimento coletivo de todos, podem ser comprados novos equipamentos ou criados cursos de especialização, por exemplo.
- A Itep é mais uma grande oportunidade de transformar os nosso alunos em empreendedores comprometidos com o seu desenvolvimento e no crescimento sustentável da região onde vão atuar - diz a orientadora da empresa, professora Nilza Zampieri.